Alguns efeitos do livro Código da Vinci
O livro Código da Vinci vem produzindo efeitos. O mais evidente é aguçar as contestações às crenças pré-estabelecidas. Mesmo sabendo que ele é apenas um romance, sem nenhuma pretensão científica. Com esse livro mais uma se vê que foi o tempo em que a razão se colocava subordinada à fé. Demonstra mais uma vez que a filosofia existente a partir do século II esboçada pelos Padres da Igreja, a Patrística, que tinha como máxima " credo ut intelligam" ou seja "creio para que possa entender"; a razão subordinada à fé, já não vigora em todos os lugares. Assim como a escolástica: a filosofia cristã que se desenvolveu no século IX e continuava submetendo a razão. De qualquer modo há uma razão para estes comentários. O livro que analisa o quadro da santa ceia e os evangelhos passou a ser uma fonte de geração de contestações às interpretações dos acontecimentos vividos por Jesus Cristo e as primeiras comunidades cristãs. Contestações que aumentaram desde o século XI, com o renascimento urbano, no momento em que a razão buscou sua autonomia. Esta autonomia permitiu contestações, como permite ainda hoje. Santo Tomás de Aquino nascido em 1225, no alto das montanhas da Itália, indignado com a pompa nos ritos dos bispos e cardeais, se perguntou: "Era esta a humilde religião de Cristo?" Os efeitos, portanto, deste livro apelidado de "O código" apontam para novas descobertas que com certeza se mostram enriquecedoras. Já usam o seu texto para falar de sexualidade, a vida e o relacionamento entre homens e mulheres e o papel das mulheres na história, sobretudo, na história da igreja. Ver o artigo, denominado de Maria Madalena, de Isis Muller Serra, uma colunista de um jornal de Teresópolis, estado do Rio de Janeiro.
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