O problema de procurar a origem
Agamben na p. 67 do livro Infância e História (2001/1978) afirma que a tentativa de procurar um momento originário do homem sem linguagem pressupõe um duplo problema: a) a fantasia própria de encontrar algo inexistente b) o problema do conceito de origem, que afirma um modelo baseado numa localização cronológica e numa causa inicial, não causada, historiadora mas não historiada.
O problema é procurar a origem usando ainda um modelo que pressupõe o homem.
Na origem, o homem aparece sem linguagem. Na origem, a linguagem é um objeto desligado do humano.
Quando o objeto não está ligado ao homem, ou seja, caso o objeto em exame não pressuponha o humano atrás de si (como por exemplo: a linguagem), o modelo concebido a partir das ciências naturais, em que a origem é fixada em uma cronologia e torna-se motor de causalidades, é então abandonado. Por que, sendo historicizante, a origem não pode ser historicizada - ela inaugura a possibilidade mesmo da História. Pensando a origem não mais fixada em uma cronologia, não se coloca mais a questão do primeiro, do segundo e de uma sequência linear de acontecimentos. A origem passa a ser as condições que possibilitam a mudança e o novo modo de ser humano.
Origem assim entendido passa a ser um espaço de abertura para o aparecimento de um novo acontecimento. Para a História. Mas, para isso parece que devemos esquecer o que é humano e perceber a nova linguagem que surge modificando todo cenário e o próprio homem.
O problema é procurar a origem usando ainda um modelo que pressupõe o homem.
Na origem, o homem aparece sem linguagem. Na origem, a linguagem é um objeto desligado do humano.
Quando o objeto não está ligado ao homem, ou seja, caso o objeto em exame não pressuponha o humano atrás de si (como por exemplo: a linguagem), o modelo concebido a partir das ciências naturais, em que a origem é fixada em uma cronologia e torna-se motor de causalidades, é então abandonado. Por que, sendo historicizante, a origem não pode ser historicizada - ela inaugura a possibilidade mesmo da História. Pensando a origem não mais fixada em uma cronologia, não se coloca mais a questão do primeiro, do segundo e de uma sequência linear de acontecimentos. A origem passa a ser as condições que possibilitam a mudança e o novo modo de ser humano.
Origem assim entendido passa a ser um espaço de abertura para o aparecimento de um novo acontecimento. Para a História. Mas, para isso parece que devemos esquecer o que é humano e perceber a nova linguagem que surge modificando todo cenário e o próprio homem.
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