Diz Antônio Joaquim Severino, em 1982, que é trabalhando a temática da leitura, discutindo sua importância, explicitando a compreensão critica da alfabetização e do papel de uma biblioteca popular, relatando e documentando suas experiências de alfabetização e de educação política que Paulo freire produz sua obra, pensando e repensando sua própria prática, sua vivência pessoal. Isto porque a leitura da palavra é sempre precedida da leitura de mundo. E aprender a ler, escrever, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade. No texto de Paulo Freire está escrito "a leitura de mundo precede a leitura da palavra". Ler não é simplesmente decodificar, mas se antecipa e se estende na inteligência do mundo. Linguagem e realidade estão ligadas. Gustavo Ioschpe, ao contrário, diz que aprendeu o contrário na faculdade. Eu acho que ele aprendeu...