O que é niilismo

Segundo o dicionário Houaiss, o termo niilismo é datado de 1877.
Pode significar:
1. redução ao nada; aniquilamento; não-existência;

2. ponto de vista que considera que as crenças e os valores tradicionais são infundados e que não há qualquer sentido ou utilidade na existência;

3. total e absoluto espírito destrutivo, em relação ao mundo circundante e ao próprio eu.

Em filosofia:

Para o filósofo escocês William Hamilton (1788-1856), doutrina que nega a existência de qualquer substância, ou realidade permanente, na constituição do universo [Hamilton aponta o fenomenismo de Górgias (450 a.C.-380 a.C.) ou de Hume (1711-1776) como exemplos de tal perspectiva filosófica.]

Ideologia de um grupo revolucionário russo da segunda metade do sXIX, militante em prol da destruição das instituições políticas e sociais, para abrir caminho a uma nova sociedade, e favorável ao emprego de medidas extremas, inclusive terrorismo e assassínios : pode está ligado a ação anarquista, terrorista ou revolucionária

Para Nietzsche
No nietzschianismo, negação, declínio ou recusa, em curso na história humana e esp. na modernidade ocidental, de crenças e convicções - com seus respectivos valores morais, estéticos ou políticos - que ofereçam um sentido consistente e positivo para a experiência imediata da vida

Niilismo Ativo

em filosofia: no nietzschianismo, niilismo vital e necessário por ser capaz de destruir os valores tradicionais da civilização ocidental, abrindo caminho para a transmutação da moral hegemônica e o surgimento de um novo homem

Obs.: por oposição a niilismo passivo

Niilismo Passivo

em filosofia: no nietzschianismo, sentimento niilista característico da decadência moderna, e consistente na ausência de desejo pela vida, o que implica a inexistência de convicções, crenças fundamentais e valorações éticas

Obs.: por oposiçãao a niilismo ativo

Para Heidegger

No heideggerianismo, agravamento final do esquecimento originário do ser, o que implica a prevalência de uma realidade dominada pela técnica

Rejeição radical às leis e às instituições formais



niil- + -ismo, sob infl. do fr. nihilisme (1801) 'id.'; f.hist. 1877 nihilísmo; a datação é para a acp. de fil 'forma extrema de ceticismo' e para a acp. 'redução ao nada'

Niilismo é não ver sentido na vida

o Niilismo como negação de um mundo verdadeiro

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Comentários

Anônimo disse…
Se o niilismo é tornar a existência insignificante quanto a sua importância, então porque da necessidade de se postar contra uma ideia contrária? Porque a necessitade incontida de desejar a mudança alheia? Porque achar que a adoção de valores antes não vivenciados é alcançar a liberdade?

Em suma, viva e deixe viver associado ao respeito mútuo. O que importa o tudo e o nada? E o que os que leem tem a ver com aquilo que escrevo? E o que eu estou fazendo aqui, divagando? Afinal, se o nada e o tudo não tem importância alguma pra que viver?

Ah! É por causa dos laços afetivos familiares e sociais? É por causa das conquistas profissionais? É simplesmente por causa do acaso?
Ah, não é por nada disso então?

Loucos!
Anônimo disse…
Um pouco incompleto mas sintetiza bem alguns aspetos
Anônimo disse…
pra que viver? pura e simplesmente porque eu quero!
Anônimo disse…
Niilismo não é exatamente tornar a existência insignificante, mas desprovida de qualquer propósito ou significado. Cuidado com os termos, pois necessidade não é, mas sim uma vontade, postamos contra uma ideia contrária pelo mesmo motivo que você faz isso.

Eu não tenho necessidade de desejar a mudança alheia, mas caso algum niilista tenha, isso não tem problema nenhum, uma vez que ter uma vida desprovida de significado não quer dizer uma vida desprovida de importância e/ou atenção com o que me cerca.

Quanto a sua terceira pergunta, a partir do momento em que você não é mais escravo dos valores que foram lhe passados, você se torna apto a criação de novos valores e viver como bem entender, pelo menos para mim, isso significa libertar-se de si mesmo e do próprio passado, porque quando fazemos isso, não somos mais escravos destes.

Um abraço, de um louco!
Anônimo disse…
O UNIVERSO É COMO UM TODO, ONDE NÓS COMO PARTE DESTE, DEVERIAMOS NOS DARMOS CONTA DA INSIGNIFICANCIA DOS NOSSOS CONCEITOS, E APENAS VIVERMOS, SEM SILOGISMOS, SEM VALORES ESCRAVIZANTES, POIS AFINAL TUDO QUE É SÓLIDO SE DESMANCHA NO AR, E HOJE MAL SABEMOS ENCHER NOSSOS PULMÕES COM ESTE AR QUE NOS MANTEM VIVOS, NÃO SOMENTE PARA RESPIRAR, E SIM PARA VIVER

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