O que significa o "ser-aí"?
Sempre fiquei parado diante do termo Dasein ou ser-aí, querendo entender porque esse termo é necessário, e porque não simplesmente usamos a palavra Ser. O que significa ser-aí? Fui perguntando e lendo por aí, até formular esta resposta.
Depois de Husserl, depois da pergunta sobre o sentido do ser, o “ser” precisava ser dado, pois só assim poder-se-ia perguntar a ele, sobre o seu sentido. Assim é que aconteceu, depois de Husserl, o “ser” deixa de ser somente um conceito, uma abstração. O “ser” se torna algo novamente concreto, volta novamente a se torna um objeto, diz Heidegger em 1973, no seminário de Zähringen.
Entretanto, havia ainda um, porém, em Husserl o concreto continuava sendo somente um objeto inserido na consciência. Continuava sendo visto ainda como uma compreensão.
Heidegger vê isso de modo bem diferente e aparentemente mais impreciso: quando o tinteiro é visto, é o próprio
tinteiro que vejo e não a sua representação. O ponto de partida não é a representação que tenho do tinteiro, mas o próprio tinteiro. Pois, ficaria difícil ter esta experiência, ver o tinteiro, partindo da consciência. Logo, para que essa experiência possa ser realizada precisamos de outra região fora da consciência. Essa outra região é denominada de “ser-aí”.
Então, o que significa o “ser-aí”? Primeiro, um ser fora da consciência. Segundo, uma região na qual qualquer coisa pode se apresentar como tal. Portanto, o “ser-aí” é um ser que garante sempre a manutenção de um “fora”. O “ser-aí” não é somente consciência de um dado, mas algo, um dado que se mantém do lado de fora e não se mostra inteiramente como consciência. Podemos dizer, então, que o “ser-aí” é um objeto que se impõe à minha consciência. Um ser que sempre preserva um “fora” e jamais se prende a ele mesmo e nem à consciência dele. Nesse sentido, o “ser-aí” é sempre uma função, isto é, resultado de uma relação, de modo que ele constitui tanto o sujeito e o objeto dessa relação.
Depois de Husserl, depois da pergunta sobre o sentido do ser, o “ser” precisava ser dado, pois só assim poder-se-ia perguntar a ele, sobre o seu sentido. Assim é que aconteceu, depois de Husserl, o “ser” deixa de ser somente um conceito, uma abstração. O “ser” se torna algo novamente concreto, volta novamente a se torna um objeto, diz Heidegger em 1973, no seminário de Zähringen.
Entretanto, havia ainda um, porém, em Husserl o concreto continuava sendo somente um objeto inserido na consciência. Continuava sendo visto ainda como uma compreensão.
Heidegger vê isso de modo bem diferente e aparentemente mais impreciso: quando o tinteiro é visto, é o próprio
Então, o que significa o “ser-aí”? Primeiro, um ser fora da consciência. Segundo, uma região na qual qualquer coisa pode se apresentar como tal. Portanto, o “ser-aí” é um ser que garante sempre a manutenção de um “fora”. O “ser-aí” não é somente consciência de um dado, mas algo, um dado que se mantém do lado de fora e não se mostra inteiramente como consciência. Podemos dizer, então, que o “ser-aí” é um objeto que se impõe à minha consciência. Um ser que sempre preserva um “fora” e jamais se prende a ele mesmo e nem à consciência dele. Nesse sentido, o “ser-aí” é sempre uma função, isto é, resultado de uma relação, de modo que ele constitui tanto o sujeito e o objeto dessa relação.
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